Segundo dia do III Encontro Nacional do MPA trouxe para os encontristas o debate de elementos da conjuntura com a professora Virgínia Fontes da Universidade Federal Fluminense e o dirigente nacional do MST Neuri Rosseto, que fizeram um debate sobre a organização capitalista nos dias atuais e o seu fortalecimento a partir da expropriação de direitos fundamentais do ser humano, como o direito a água e a produção de alimentos.
Para abrir a tarde foi feita uma mística sobre os elementos da natureza e o ser humano como parte dela, e logo depois um debate com o professor Ariovaldo Umbelino da Universidade de São Paulo, sobre a conjuntura agrícola pontuando algumas características de como o capital tem avançado para acabar com o campesinato, impondo o agronegócio como forma de mercantilizar toda a produção agrícola e a relação com o meio ambiente.
A noite será marcada pelo lançamento da Campanha Nacional Contra o Agrotóxico e em Defesa da Vida, pois o Brasil e o maior consumidor de agrotóxicos do mundo. O uso dos agovenenos no Brasil e tão intenso, que se fizermos uma distribuição da quantidade de veneno utilizado nos últimos dois anos por habitante nos pais chegaríamos à conclusão de que nesse período, cada um de nos consumiu uma media de 3.725kg. Para acabarmos com o uso de agrotóxicos no campo precisamos articular a luta pelo fim do agronegócio, dos latifúndios e dos monocultivos, em defesa de um novo modelo de produção agrícola para os pais.
Lutar pelo fim do uso dos agrotóxicos significa defender a vida, a vida do meio ambiente e dos seres humanos. Essa proposta esta articulada com a necessidade de uma nova dinâmica de produção para o campo brasileiro: A agricultura camponesa baseada na agroecologia. Assim sendo, também estará sendo realizada a feira camponesa que revela os sabores e saberes diversos do campesinato brasileiro.
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