Nós, as mulheres camponesas/es da zona rural do Distrito do Junco do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA) do Município de Jacobina ocupamos nesta sexta feira, dia 07 de março de 2014, a Prefeitura Municipal de Jacobina Bahia com objetivo de fazer pressão social e negociar a pauta do MPA priorizando a questão da saúde pública de qualidade para o povo.
As camponesas fizeram uma marcha que denunciou a violência machista contra às mulheres, trazendo o dado de que a Bahia é o segundo Estado com maior índice de assassinato de mulheres constando 9,8%.
Além disso, no decorrer do ato prestamos toda solidariedade ao povo da Venezuela, afirmando que estamos com o Presidente Maduro que vem dando continuidade ao projeto do Comandante Hugo Chávez. 
Finalizamos o processo de negociação com o Prefeito Rui Rei Matos Marcedo com os seguintes encaminhamentos:
  1. Vai ser construída a Unidade Satélite de Saúde na comunidade contorno José Gonçalves com recursos financeiros do município e a Prefeitura está recebendo mais 4 ambulância
  2. Será feito um levantamento pela prefeitura das áreas descobertas no Distrito do Junco e contratar os agentes de saúde.
  3. O prefeito esclareceu que já havia aderido o Programa mais médicos, há um médico cubano no distrito Lages do Batata e no dia 15/03 chegará 13 médicos estrangeiros  que será disponibilizado 2 para o Distrito do Junco
  4. Terá atendimento básico nas comunidades rurais através do Programa Saúde em Movimento (serão nucleadas comunidades e disponibilizar dentista, clinico geral, exame de câncer de mama).
  5. O Hospital Municipal Antonio Teixeira Sobrinho não vai parar de funcionar e será autorizada pela vigilância sanitária Estadual o processo da reforma do hospital.
  6. Audiência Pública no povoado Contorno José Gonçalves dia 25 de março para dialogar toda a pauta das comunidades camponesas organizadas pelo MPA. 


Participaram dessa ação 75 mulheres camponesas que com garra e luta negociam a pauta e propõem alternativas para melhoria da saúde da mulher e de toda população do município. É uma realidade cair no esquecimento por parte dos governantes a necessidade de atender os direitos básicos para a população da zona rural e se o direito não vem à alternativa é ir para luta, pois só lutar faz valer e nos leva as conquistas!
Para Érica Oliveira Coordenação Estadual: "as ocupações, caminhada é um espaço que o povo tem conhecimento pratico do seu poder, entendimento que estar nas suas mãos a transformação da sociedade, que é necessário ser parte, o povo unido construindo autonomia e melhoria para ao campo brasileiro, Construindo o PLANO CAMPONÊS, o resultado da negociação nos anima no sentido que há um compromisso e será cumprindo se estivemos juntos e dizendo com deve ser feito."

E com muito alegria e entusiamos as mulheres camponesas deste município voltam para casa com o sentimento que a luta continua. 


                                         
                                       Homens e mulheres consciente, na luta permanente!
                                              Se a Mulher não roça, a cidade não almoça!