Camponesas do MPA
compartilham experiências sobre Agroecologia e Organização dos Sistemas de
Produção Camponesa
Nesse contexto, o Movimento
dos/das Pequenos Agricultores/as (MPA) facilitou os temas da “Agroecologia”,
através da companheira Cristina Matielo do Espírito Santo, e “Experiências de
Produção organizada pelas mulheres do MPA”, através da companheira Lindalva Candida
dos Santos da região norte da Bahia.
Na temática da Agroecologia
Cristina, destacou que para falar de agroecologia é preciso compreender os dois
modelos de produção em disputa na atual conjuntura, de uma lado está o
agronegócio, com sua forma de produzir destrutiva; este detêm a terra e todos
recursos naturais como suporte de gerar mais lucro para os latifundiários e
empresas multinacionais.
No sentido oposto está a
agricultura camponesa que estabelece uma relação de integração, cuidado e
ligação direta com a terra e natureza, na qual as camponesas e camponeses vivem
dela e para ela, produzindo assim cultura, força política, resgate dos saberes
ancestrais e alimento do MPAs saudáveis, soberania alimentar para o povo brasileiro.
Durante a socialização das
experiências produtivas, a companheira Lindalva compartilhou a organização dos
Sistemas de Produção Camponesa desenvolvido nas comunidades base do MPA no
Semiárido Baiano. Ela fez uma análise da conjuntura dos desafios na região do
Semiárido, devido ao descaso por parte dos governos, do Estado ao fomento de
políticas públicas de Convivência com o Semiárido.
Dessa forma, ela relatou a luta
pautada pelas camponesas e camponeses de acesso à água para consumo e produção
no semiárido, e através da conquista das cisternas de produção/enxurrada,
barreiros e aguadas tem se tornado viável a produção conjunta de alimentos e
sua comercialização na barraca coletiva do MPA nas feiras livres.
“Não
adianta ter terra se não temos acesso à créditos, a políticas públicas para
viver com dignidade e qualidade no campo”, afirmou a camponesa e por isso a
necessidade de fazer ações concretas, enfrentar diretamente o agronegócio e
fazer pressão social ao governo.
Nesse prumo foi socializada a
importância da Jornada de Lutas da Via Campesina protagonizada pelo MPA em
conjunto com outros movimentos que ocorreu em Agosto de 2013, no Vale do São
Francisco onde camponesas e camponeses ocuparam a MONSANTO e a CODEVASF e a
Jornada de Luta das Mulheres Camponesas realizada neste março de 2014, através
da ocupação da Prefeitura de
Jacobina-Ba.
Esse espaço proporcionou troca de
experiências entre as camponesas e a visibilidade do protagonismo das mulheres
na produção, reafirmando a importância da organização produtiva das mulheres
para construção do empoderamento e da autonomia econômica, política e social
das camponesas e de seus núcleos familiares.
Confira outras fotos no link: https://www.flickr.com/photos/ 120924822@N04/
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Por Coletivo de Comunicação
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