Realizado durante os dias 21 a 26 de julho em Salvador, o curso “Dinâmicas e perspectivas do campesinato no século XXI”  reuniu dirigentes, militantes do Movimento dos Pequenos Agricultores na Bahia. Construído a partir dos debates iniciados  no seminário nacional que levou o mesmo nome em fevereiro desse ano,  temas como acesso a terra, cultura,  e contexto agrário ganharam o foco na região nordestina, onde atualmente se concentra  a maioria dos camponeses brasileiros.
Temas como analise de conjuntura do Bahia/Brasil,  contradições sócias econômicas no campo e Dinâmicas e perspectivas do campesinato no século XXI contaram com a importante contribuição de professores e pesquisadores como Horácio Martins de Carvalho, Peri Falcon  e Guiomar Germani
Neste processo de formação os dirigentes camponeses (as) estudaram  também as correntes sócio econômicas que afirmam que o campesinato não existe ou que estes, são povos sem destino e  vai acabar de acordo com o avanço do capitalismo no campo, no entanto a pratica mostra que o campesinato vem sendo cada vez mais uma força em potencial.
“ Reafirmar o campesinato com classe significar afirmar que o campesinato existe e que são estes os que produzem alimentos para o povo no mundo.  O MPA (Movimento dos Pequenos Agricultores) no ano de 2008 lançou a coleção de livros História Social Campesinato no Brasil (HSC). A elaboração da HSC no Brasil envolveu grande número de estudiosos e pesquisadores dos mais variados pontos do país, num esforço conjunto, planejado e articulado, que resulta agora na publicação de dez volumes retratando parte da história, resistências, lutas, expressões, diversidades, utopias, teorias explicativas, enfim, as várias faces e a trajetória histórica do campesinato brasileiro” afirma Erica Oliveira da coordenação  estadual do MPA.
Segundo estudos  1/3  da humanidade é camponesa,  existe uma politica invisível de expulsão destes do campo, na atual conjuntura no campo brasileiro há expansão do agronegócio, mineração e os latifundiários continua “intocável” e com estrageirização das terras brasileiras pelas multinacionais. A pauta central é o ALIMENTO e quem produz alimentos são os camponeses. As politicas compensatórias não são alternativas e a luta é para permanecer no campo e com qualidade de vida e com investimentos por parte do governo para desenvolver agricultura camponesa.
No encerramento do curso, foi gerada uma bonita mística de afirmação do campesinato e do compromisso que assumir sua proposta e difundi-la no campo Brasileiro a partir do Plano camponês.

Por Comunicação MPA