Deu início nesta sexta-feira
(06), o I Encontro Feminista do MPA-Bahia, no município de Vitória da
Conquista, no Centro Camponês de Formação Derli Casali, contando com a
participação de cerca de 100 mulheres, que todo território baiano,
protagonistas do campo, que trazem na labuta diária além da luta por soberania
alimentar, também a conquista de direitos das mulheres, alcançando o tão
desejado empoderamento em todos os espaços de discussão e decisões.
Com uma das grandes frases
célebres feministas “não se nasce mulher, torna-se mulher”, o encontro foca-se
no objetivo central da emancipação feminina e pela construção do Plano
Camponês, onde as mulheres vivenciam diferentes mecanismos de formação, que vão
desde palestras, rodas de conversas, animação, filmes, dentre outros, para que
se comece esse processo de transformação no âmbito de cada pessoa presente,
para assim também modificar a realidade do lugar em que se vive. Contribuindo
para ampliar a participação das camponesas e para a superação das desigualdades
nas relações de gênero, poder e classe, proporcionando nesse processo, maior
participação política dentro do Movimento e maior inserção qualificada das mesmas
nos espaços públicos e políticos de atuação nos seus municípios.
O primeiro dia foi marcado por
calorosas discussões e esclarecimento a cerca da Previdência Social, com
enfoque nas mulheres camponesas, com a facilitação de Lenir Correia, advogada
popular de Rondônia. Sendo um momento onde foram aborda dos os diversos
serviços da previdência, como funcionam e como as camponesas acessam esses
benefícios.
Sendo o segundo dia destinado às
conversas sobre relações de gênero, poder e classe, com Isadora Browne,
Historiadora, Feminista e Mestre em Educação, buscando reconhecer como a
sociedade é estruturada e como a mulher camponesa está inserida neste meio.
Fátima, da comunidade Lagoa
Comprida, ressaltou a importância dos espaços de formação voltados às mulheres,
“é muito importante reunir as mulheres, por que assim a gente discute uma com a
outra, então, reunidas, a força é maior”, salientou.
Coberto com lindas místicas e
apresentação da cultura popular das camponesas, espaços da programação diária,
como também nas noites culturais, os sambas, os forrós, cantigas de rodas e
versos trovados são responsáveis por manter a mulherada com a chama acesa da
luta, em busca da emancipação feminina.
O evento será finalizado dia 09
(segunda-feira), tendo ainda muita discursão, animação e um ato público,
organizado pelas mulheres camponesas, mostrando sua força de organização para a
transformação, sendo isso enfatizado por Sirlane, do município de Caém, “só nos
organizando é que vamos conseguir um mundo melhor”.
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