Vivemos em uma sociedade racista que historicamente oprime, explora e marginaliza o povo indígena, quilombola e negro. A mídia de massa, à exemplo da Rede Globo de Televisão, reforça a cada dia, através de seus programas o padrão de beleza embranquecido eurocêntrico, provocando a invisibilização e usurpação da cultura do nosso povo negro.
Foi com o intuito de fortalecer a identidade do campesinato quilombola e as raízes negras, que o MPA realizou no dia 11 de abril de 2015, o II Cinema Camponês, no quilombo de Várzea Queimada, município de Caém- Bahia. Nesse contexto, para contribuir no processo formativo da comunidade foi exibido o filme “Quilombos da Bahia”, com o debate do histórico de luta dos quilombos nos territórios da Bahia. O Cinema Camponês reuniu mais de 200 pessoas de Várzea Queimada e das comunidades circunvizinhas.
Além da exibição do filme, o Grupo da Juventude realizou apresentações de Dança Afro, Samba de Roda, Capoeira e cenas teatrais retratando a necessidade da luta e combate ao racismo, ainda bem presente na realidade das famílias quilombolas e camponesas.
Para Sirlane Sena, coordenadora do Grupo da Juventude- MPA, “esse momento foi um grande encontro de arte e cultura quilombola na nossa comunidade, fortalecendo cada vez mais as origens do nosso povo”, afirmou.