Unidade politica
entre a classe camponesa e a classe operária , Reforma Política Popular são temas da Análise de Conjuntura
Fortalecer a unidade politica entre a classe camponesa e a classe
operária, realizar a Reforma Política Popular foram uma das reflexões
centrais da Análise de Conjuntura realizada por Charles Reginato da Direção
Nacional do MPA; durante o período da tarde este fez uma abordagem
política a nível internacional e
nacional do crescimento desordenado e destrutivo do capital e do agronegócio
sob os povos e camponeses/as da América Latina, ao passo que através da luta do
povo muitas foram as conquistas de direitos sociais, no entanto, com a atual
correlação de forças estão sendo ameaçados pela ofensiva do capital.
Charles Reginatto destaca que 26%
de toda superfície terrestre está sob controle do BRICS[1],
mostrando que esta força geopolítica está se construindo como força contra hegemônica
a ofensiva estadunidense. Outro dado importante apontado é o de que 66% da
população americana é favorável ao fim do embargo econômico imposto a Cuba
desde 1962, demonstrando o avançar da consciência política e o despertar para o
ascenso dos ideias e lutas socialistas na América Latina.
Desde a eleição de Hugo Chavez na
Venezuela em 1.998, um conjunto de ações anti-imperialistas se desenvolveu na
América Latina, lideradas pelo ascenso de governos populares. Além disso, a
força social e política que os Movimentos Sociais construíram tem reduzido a
hegemonia imperialista, no entanto ainda são muitos desafios que a classe
camponesa e a classe operária precisam enfrentar e vencer. Conforme afirmou o
Dirigente: “Nunca na história desse país o agronegócio, os banqueiros ganharam
tanto como nos governos Lula e Dilma, assim como nós também sabemos que a
classe camponesa, também teve alguns de seus direitos garantidos, como a
garantia dos 30% do PNAE[2],
o que estabelece uma grande contradição”,
Nesse contexto, vivemos no Brasil
uma conjuntura política muito delicada, que vai delineando a luta de classes de
forma cada vez mais clara e acirrada. Nesse momento tanto a esquerda como a
direita enfrentam problemas. O que leva, nós da esquerda, a construir cada vez mais
unidade política em torno de pautas estruturais entre os Movimentos Sociais do
campo e da cidade.
Foi destacado ainda a atual
composição reacionária do Congresso Nacional, com pautas que violam o direito
do povo trabalhador, a exemplo da Redução da Maioridade Penal, da PEC 664 e
665, o PL 4330 que amplia a terceirização, entre outros. Daí se conota a
importância e necessidade urgente da Reforma Política por uma Constituinte
Exclusiva e Soberana do Sistema Político.
A Democratização dos Meios de Comunicação também foi apontada como
central na garantia dos direitos da classe trabalhadora. A rede Globo de
televisão, dirigida pela burguesia brasileira, infelizmente ainda forma a
opinião de mais de 20% da população brasileira, o que numa população de 202
milhões de pessoas representa um número expressivo. A dificuldade do
enfrentamento a imprensa golpista é dificultada, em função da inatividade do governo
brasileiro em não construir uma contra hegemonia a tais meios de comunicação.
Nesse cenário, Reginatto
enfatizou “Não basta só o governo fazer distribuição da renda, esse governo tem
a necessidade de fazer a redistribuição da renda e para fazer isso tem que
mexer nas grandes fortunas da burguesia, precisa retirar de quem está
concentrando as riquezas”.
Dessa forma, na atual conjuntura
muitos são os desafios na construção da unidade política, na luta de classes,
por isso precisamos enquanto classe, pressionar e empurrar esse governo para a
esquerda, garantindo luta popular e organização política da classe camponesa e
operária.
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