Estudantes da Escola Família Agrícola realizam experiências de convivência com o semiárido na Bahia
Estudantes da Escola Família Agrícola (EFA) Jabuticaba, município de Quixabeira- Bahia, durante os dias 24 a 28 de agosto do corrente ano, participaram de uma vivência para conhecer a realidade das famílias camponesas organizadas no Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), nos municípios de Quixabeira, Caém, Jacobina e São José.
As Escolas Famílias Agrícolas (EFAs) têm como público alvo os/as filhos/as das famílias camponesas, e cumprem o objetivo de formar essa juventude não só tecnicamente, mas politicamente e socialmente acerca das questões que envolvem o campesinato, com foco na produção da agricultura camponesa afim de,  fortalecer a soberania alimentar do povo. Além disso, as EFAS qualificam profissionalmente esses estudantes jovens camponeses, para que tenham possibilidade concreta de permanecer no campo com trabalho, renda e qualidade de vida.
Para o MPA, a assistência técnica precisa ser voltada para fortalecer os Sistemas Camponeses de Produção,  incentivando a autonomia, soberania das famílias camponesas, a partir da produção de alimento saudável; assim a assistência se faz com equipes multiplicadoras, capaz de atender as demandas da realidade concreta das camponeses e camponesas. Desta forma, o que predomina é a troca de saberes, experiências entre camponeses (as) e técnicos (os).
O método da EFA está sustentado a partir do tripé Ação- Reflexão- Ação (Práxis), nesse contexto os/as estudantes “aprendem e compreendem fazendo”, nesse sentido o projeto política pedagógico da escola é referenciado na Pedagogia da Alternância, através do Tempo Escola e Tempo Comunidade.
Diante desse contexto, o estágio foi realizado em duas perspectivas, uma que possibilitou os estagiários conhecerem os Sistemas Camponeses de Produção de Convivência com o Semiárido praticado pelas famílias camponesas, assim como, também realizaram algumas práticas técnicas nos roçados dos camponeses, tais como:  compostagem, construção de hortas, produção de banco de proteínas para alimentação animal, através da silagem e etc.
Essa atividade teórico- prática foi de grande relevância, pois contribuiu concretamente na melhoria das condições de produção das famílias camponesas, demonstrando qual deve ser o verdadeiro papel da Assistência Técnica no Semiárido e o seu compromisso político, ideológico, social com a agricultura camponesa.