Há uma frase que diz “Um povo sem
preservar sua história e sua cultura é um povo morto” foi através desse mote
que a Juventude Camponesa do Quilombo Várzea Queimada, município de Caém,no Semiárido da Bahia,
juntaram forças e motivação para elaborar um projeto a fim de construir um
Centro Cultural na comunidade. Em outubro de 2014 inscreveram-se no edital da
Fundação Cultural Palmares e o Projeto “Atabaque, Samba, Força e Organização do
Quilombo Várzea Queimada” foi contemplado em primeiro lugar,em setembro de
2015; com recurso em mãos a comunidade deu início a construção do espaço do
Centro Cultural Quilombola. Apesar da verba não ser suficiente para finalizar a
obra, já será possível levantar a estrutura geral do Centro.
Para
Sirlane, militante do MPA “O território
das nossas comunidades é detentor de uma riqueza material, mas também
imaterial, como os saberes populares, culturais e ancestrais vivos do povo
camponês e quilombola. Estas são representações históricas que aprendemos com
nossos antepassados e que estamos na luta cotidiana para que se mantenham viva
até os dias de hoje; algumas têm sua origem na África, e na incessante
resistência à escravidão foram incorporadas aqui no Brasil, bem como no
processo de resistência e vivência dos camponeses/as.”
Nesse contexto, a o Centro
Cultural terá como objetivo fortalecer e agregar cada vez mais a cultura de
matriz africana, junto às crianças, juventude, matriarcas e anciões do quilombo
e das comunidade do território; através da realização de atividades que
fomentem espaços de oficinas, formações, teatro, cinema utilizando sempre a arte e a cultura como ferramenta política,
emancipatória e transformadora.
Fez um ano que a comunidade de
Várzea Queimada conquistou a Certificação de Remanescente de Quilombo, um dos
passos diante de todo o processo de luta que será travado para a demarcação e
titulação do território quilombola.
Essa é mais uma conquista fruto
da organização, do movimento, da criatividade e espírito revolucionário da
Juventude Camponesa e Quilombola para transformar a realidade e permanecer no
campo com qualidade de vida.
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