Os pés incansáveis e a voz de resistência do povo nordestino fizeram
marcha e coro no Ato Público “Semiárido
Vivo. Nenhum Direito a menos”, realizado no Vale do São Francisco entre as
cidades Juazeiro e Petrolina, ocorrida na manhã do dia 17 de Novembro de 2015.
Esta mobilização aglutinou mais de 20mil camponesas, camponeses,
trabalhadores(as), militantes que compõem os Movimentos Sociais do Campo e da
Cidade (ASA, MPA, MST, MAB, LPJ), vindos dos 13 estados do Nordeste e do Norte
de Minas Gerais, que reivindicaram a permanência e ampliação das Políticas
Públicas Sociais de Convivência com o Semiárido.
Esta ação da luta popular vem como resposta e pressão social às
ameaças de cortes nos recursos destinados aos programas para garantir a
melhoria da qualidade de vida do povo do Semiárido, um desses é o Programa Nacional de Aquisição de Alimentos
(PAA) com corte de 65% previsto para 2016, além de outros programas como o PNAE,
P1MC dentre outras políticas públicas que contribuem na soberania alimentar e
hídrica das populações do campo e da cidade do Semiárido.
Para Rafaela, da direção Nacional do MPA, não podemos retroceder
diante dos direitos já conquistados para o povo do Semiárido, por isso a
necessidade de fazer o enfretamento direto ao avanço do agronegócio e do
capital na realidade do campesinato no Semiárido Brasileiro. Também destacou a
importância de lutarmos pelo Instituto
Nacional do Semiárido (INSA) que está sendo ameaçado de ser extinto; bem
como ser contra a PEC 215 que emperra a demarcação dos territórios
tradicionais.
A militante prestou apoio a greve dos Petroleiros, tendo em vista
que esta a Petrobrás é uma empresa
da soberania nacional brasileira que precisa está no comando da classe
trabalhadora.
A mobilização também contou com a participação de muitos
estudantes campesinos das Escolas Famílias Agrícolas (EFAS) que reivindicaram o
não fechamento das escolas do campo; a operacionalização e agilidade do governo
do estado da Bahia no repasse dos recursos para a manutenção das escolas
agrícolas.
As demais organizações presentes também se solidarizam ao Povo de
Minas Gerais que foi atingido pelo crime ambiental e social praticada pela VALE
e Samarco.
Os movimentos sociais que construíram o ato realizaram um
documento constando todas as reivindicações que serão protocolados junto a
presidenta Dilma Rousseff em audiência pública na casa civil.
O ato público foi finalizado com a força de uma Mística pelos
povos indígenas que fizeram alerta e clamor pela vida do Rio São Francisco que
enfrenta uma de suas maiores crises.
0 comentários
Deixe aqui seu comentário: