O ano de 2017, inicia pautado em temas centrais para a construção de uma sociedade justa e igualitária. Aconteceu nos dias 07 e 09 de janeiro, a segunda etapa da Escola de Formação do MPA no norte da Bahia, na cidade de Capim Grosso, tendo como tema a presença histórica nas mulheres camponesas na luta e a construção do Feminismo Camponês e Popular.
No segundo dia de programação da escola teve o espaço para a história de luta das mulheres camponesas com o tema HISTÓRIA DA PRESENÇA DAS MULHERES NA HISTÓRIA SOCIAL DO CAMPESINATO E AS LUTADORAS, assessorado por Débora Varoli/Coletivo de Gênero Nacional. De acordo com Débora, as mulheres, apesar de invisibilizadas, participaram das lutas camponesas no Brasil. Dando continuidade foi apresentado as principais lutas e como se deu a participação das mulheres em cada uma delas.
Outro tema em destaque, veio a partir da visão do Movimento dos Atigindos pela Mineração - MAM do Ceará, com assessoria de Iara Fraga que também é membro do INEGRA discutindo as RELAÇÕES DE GÊNERO, PODER, CLASSE E RAÇA. Este momento de estudo trouxe a importância de conhecer as nossas origens e de onde viemos enquanto povo negro e, ao mesmo tempo, olhar pra sustentação de poder baseada no patriarcado. Por outro lado entender que nem sempre foi assim e que houve a experiência do matriarcado e de outras relações, em especial, na questão do povo negro. Olhando para as mulheres, Iara traz a necessidade de ter uma visão mais ampla sobre a reflexão dos debate de gênero, pois esta categoria que é mais recente e tem influencias europeias, não dá conta de várias realidades, por isto tem de se ter cuidado A feminista Lugon faz uma crítica severa sobre o termo gênero. Foi trazido elementos da ancestralidade e como é a composição do continente africano, assim como os principais povos que entraram no Brasil. Ao lado disto, traz formas de resistência que inclusive são invisibilizadas pela esquerda.
No último dia, além de trazer os aspectos do periodo colonial tendo as mulheres e homens negras/os como simbolo de luta e resistência, reforça sobre o papel da mulheres negra na luta para o contexto atual e sobre a desconstrução do racismo, também provoca e traz instrumentos e experiências que possam servir para fazer o trabalho de base nas comunidades camponesas.
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