8 de Março Dia Internacional de Lutas das Mulheres
Jornada Nacional de Lutas – Março 2017
As camponesas e camponeses do Movimento dos
Pequenos Agricultores (MPA), neste 8 de março põe-se em luta em Defesa da
Previdência Pública, Solidária e Universal. Compreendemos que as ‘Reformas’
impostas pelo governo não eleito de Michel Temer encobrem processos como o
aumento e feminilização da pobreza, aumento da violência, e o impedimento de
aposentadoria para indígenas, marisqueiras, pescadoras, assim como, a
precarização da vida do povo negro e dos jovens.
O MPA compreende que a Previdência Social
assumiu um papel fundamental no campo, já que ela chegou a um número enorme de
camponeses e camponesas até então marginalizados a conquistas sociais da nação.
A inclusão do camponês e da camponesa como segurado especial na Previdência
Rural gerou positivos impactos políticos e socioeconômicos que vão da melhoria
considerável da qualidade de vida das famílias no campo até a dinamização da
economia local de mais de 70% dos municípios brasileiros abaixo de 50 mil
habitantes.
São vários os riscos da Reforma da Previdência,
entre eles estão: As mudanças atingem a todos, atuais e futuros contribuintes;
Pretende adiar a data da aposentadoria; Reduz o valor dos benefícios
previdenciários; As mulheres terão seu acesso à aposentadora jogado para frente
e aposentará com a mesma idade que homens do campo e da cidade, agravando sua
qualidade de vida; Proíbe a acumulação de aposentadoria com pensão por morte;
As pensões podem ser inferiores a um salário mínimo; Retira a vinculação do
Benefício da Prestação Continuada (BPC) do salário mínimo. O BPC é um benefício
que alcança os e as desvalidos e desvalidas entre os mais pobres, em especial
idosos com mais de 65 anos que não tenham previdência social e as pessoas com
deficiência, inclusive crianças. Sabemos que as mulheres tem exercido o papel
de cuidadoras em suas famílias e o BPC cumpre um papel importante neste
sentido, com as alterações agrava-se a condição; Prevê o fim de assegurados
especiais e exigirá um tempo de 49 anos de contribuição para poder se aposentar.
Os camponeses e camponesas do MPA dizem Não à
Reforma da Previdência do governo Temer, pois Quem Alimenta o Brasil Exige
Respeito.
A Previdência é Nossa,
Ninguém tira da Roça!
Mulheres em Luta, Por
Nenhum Direito a Menos!
Quem Alimenta o Brasil
exige Respeito!
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