Vivemos no Brasil, nos últimos anos o aumento da violência contra os povos do campo: indígenas, quilombolas e Campesinos, intensificando-se a partir de 2015, com o golpe de estado, tendo como objetivo destruir direitos.
Destacamos aqui o ataque sofrido contra o Povo indígena Gamela no Maranhão, no inicio dessa semana, onde pelo menos 13 indígenas foram gravemente feridos, cinco baleados e dois com as mãos decepadas. Ataque esse, promovido por fazendeiros e com participação de políticos da região.
A maior responsabilidade por essa situação de violência é do Governo Federal que, além de não realizar a demarcação das terras indígenas e quilombolas, vem assumindo abertamente, e sem pudor uma política de desenvolvimento que converte o meio ambiente, em recursos disponíveis para o capital e seu total e irrestrito apoio às entidades ligadas ao agronegócio. Alem disso, o Governo golpista tem sucateado e extinto Ministérios e secretarias estratégicos, que tinham por objetivo dar suporte a Políticas Publicas, que respondia parte das demandas desses povos.
Agora, mais do que nunca, os setores da elite burguesa,se articulam e acionam seus representantes políticos no Executivo, Legislativo e Judiciário para assegurar, por um lado, a expansão de seus domínios territoriais e, por outro para aprovar reformas que visam a retirada de direitos constitucionais, conquistados com muita luta e resistência.
Nos, participantes da Segunda Assembléia da CLOC- Via Campesina, manifestamos nossa solidariedade a esses povos, que resistem a esses ataques sistemáticos, solicitando providencias urgentes para que, órgãos competentes apurem e responsabilizem os culpados por essas atrocidades.
Cundinamarca, Colômbia 04 de maio de 2017
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