O contexto no país exige dialogo, organização dos camponeses (as), acesso a informações que não são divulgadas na grande mídia e criação de formas pelo os que estão sendo prejudicados pelo GOLPE de se articular e lutar contra os retrocessos. As palavras de ordem é “NENHUM DIREITO A MENOS, FORA TEMER e DIRETAS JÁ” não podemos ficar de braços cruzados, acomodados e o Mutirão da Esperança Camponesa vem cumprir este objetivo, proporcionando o diálogo entre camponeses (as) sobre a situação do país e construção de alternativas frente a tudo que está acontecendo.
No Pré-Golpe a juventude feminina foram criminalizadas quando não deram a ela direito a Renda Vitalícia, ou seja, quem tem menos de dois anos de relacionamento com o companheiro (a), as mulheres jovens que casam cedo, tendo filhos no sertão, se viúva, para recomeçar a vida no sertão, as camponesas não terão direito e apoio do Estado a partir da Previdência Social.
Logo em seguida, com a materialização do golpe com o governo Temer, fez um aparato de mudanças que afeta diretamente toda a sociedade brasileira, observando o resultado do GOLPE nas vidas das mulheres, mais precisamente sobre a vida das mulheres camponesas, a Previdência Rural permite uma renda permanente para esse público, por exemplo, a partir da aposentadoria, direito a pensão se caso ficar viúva, essas mulheres também tem direito ao salário maternidade por ser assegurada especial, auxilio a doença e etc. Atualmente para ter acesso a aposentadoria a pessoa precisa comprovar vínculo com a terra, ser camponeses (as), imagine as famílias do semiárido que normalmente são famílias constituída com mais de 5 membros, precisar contribuir por 25 anos para ter acesso aos benefícios da previdência. Essa medida representa um retrocesso e aumento da miséria no campo, se no campo a renda mensal não é exata, fixa, varia de acordo a produção e comercialização dos produtos, normalmente, no semiárido a renda mensal das famílias mal dá para se alimentar garantir as condições mínimas imagine se vai sobrar dinheiro para pagar a previdência?
Dona Lindalva, camponesa que vive no semiárido desde que nasceu, tem 53 anos, começou a trabalhar ainda era criança e não é a favor da Reforma da Previdência, da perda dos direitos. “Não é possível o camponês contribui por 25 anos com dinheiro para previdência se as famílias não têm renda, passa a maior dificuldade na luta pela sobrevivência, devemos lutar para ter acesso aposentadoria na nossa velhice”.
Então, estamos falando da financeirização da previdência, o difícil acesso deste direito pelos camponeses (as) que resultará nos mais pobres sendo excluído desta política pública, ESTAMOS PERGUNTANDO para quer? Sobrar dinheiro para corrupção, para as empresas como JBS (friboi), Itaú, Bradesco, Rede Globo não pagar impostos? Não existe rombo na previdência, não tem justificativa para essa medida ser aprovada.
Dona Rivaneide Sampaio está sofrendo os impactos e medida do governo Temer, relata com muita tristeza que o seu benefício do Bolsa Família foi cortado. “Já estou imaginando a vida de agora para frente sem este valor do bolsa família, num tempo difícil desse que a gente planta e não colhe, que existe muita dificuldade de ser agricultor aqui no semiárido”.
São 52 mil Bolsa família bloqueado na Bahia, estão chamando para revisão do cadastro, mais sabemos que futuramente farão o corte. O programa bolsa família prioriza as mulheres como titulares, são elas que gerencia, garante o mínimo em casa, no semiárido para muitas famílias, principalmente no campo, no período de estiagem é a renda familiar. No semiárido temos a concentração de muita pobreza e sem este benefício sem dúvidas teremos o êxodo rural como pratica, é a volta ao passado.
Para o Brasil, queremos que os trabalhadores com mais acesso aos direitos básicos, moradia, água de qualidade, saúde, educação garantida pelo ESTADO BRASILEIRO. Queremos mais empresas estatais, queremos o pré-sal para financiar saúde e educação, por exemplo. E que as empresas privadas paguem os impostos em dia. Por esta razão as mulheres camponesas e todos os trabalhadores do campo devem lutar, se organizar.




Por coletivo comunicação MPA