No Norte da Bahia os camponeses e camponesas do MPA permanecem em luta pelo acesso a água de qualidade e encanada. Animados (as) e convictos que LUTAR é necessário para garantia de melhoria da qualidade de vida, camponeses (as) ocupou a Embasa de Senhor do Bonfim e de Capim Grosso no dia 31 de outubro, na luta por água encanada nas comunidades rurais dos municípios de Caém, Queimadas, Caldeirão Grande, Serrolândia, São José, Capim Grosso e Jacobina.
Após negociação entre o MPA e representantes da Casa Civil do Governo do Estado, da Secretaria de Infraestrutura Hídrica e Saneamento (SIHS), da Embasa e da CERB, e um resultado de que as pautas reivindicadas serão atendidas no mesmo dia as famílias foram para suas casas.
Por que a luta por água encanada movimenta as famílias camponesas do MPA (Movimento dos Pequenos Agricultores) no norte da Bahia? Essa luta faz parte de um processo histórico, desde 2005, quando camponeses (as) da zona rural de Caém decidiu que não podia ficar assistindo à tubulação de água encanada que ia para o povoado de Piabas-Caem passando em frente as suas portas não deixar água em suas casas. As comunidades Ribeirinhas do Rio Itapicuru Açú (Micaela, Várzea da Porta, V. da Rancho, V. Grande da Felícia, V. Queimada) montaram um acampamento interditando a obra que ligava Pedras Altas a Piaba, reivindicando água encanada e assim tornou-se prioridade. Essa luta resultou em 300 famílias beneficiadas.
Inspirados nessa luta, em 2008, comunidades do semiárido nos municípios de Jacobina, Capim Grosso e Quixabeira foram para a luta, ocupando Órgãos do Governo, interditando BRs, fazendo mobilizações, audiências públicas e acampamento da água, com mais de 4 anos reivindicando a luta garantiu que mais 1.363 famílias fosse beneficiada e atualmente ter água encanada em suas casas.
Para quem vive no semiárido sabe que ter água é uma necessidade primordial, portanto, as famílias para permanecer no campo precisam de tecnologias que armazena e faça distribuição de água, precisam de cisterna para consumo humano, cisternas de produção, aguadas/barreiros e de água encanada, apenas com acesso a esses mecanismos é possível viver com qualidade de vida.
Por Coletivo de comunicação
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