A conjuntura sócio política do Brasil foi tema do II Festival das Sementes Crioulas da Bahia. A mesa aconteceu na manhã de sexta (02) e foi mediada pelo dirigente nacional do MPA, Luís Carlos de Rondônia e Djacira Araújo dirigente estadual da Bahia do MST. O espaço teve como objetivo possibilitar o estudo e análise para camponeses/as da situação que vive o Brasil e da crise do capital que está no mundo.

Na ocasião, Djacira trouxe elementos sobre a atual conjuntura, ela ressalta que “não se trata apenas de uma crise política, mas também da crise do capitalismo, que se manifesta em diversas esferas seja do ponto de vista econômico, cultural e social, trazendo como consequência a crise de valores, fortalecida pela elite conservadora, onde prevalece a prática do racismo, machismo, além do crescente número de assassinatos a jovens indígenas, quilombolas, negros e ainda a cultura do estupro”. Fica claro em suas palavras que a crise do capital traz consequência horríveis para os trabalhadores/as, portanto, precisamos ir à luta.
 O golpe a presidenta Dilma Rousseff acentuou a crise econômica no país, mais não só, política e juridicamente a crise está instalada. Dando continuidade, para ela “os golpistas detêm poder sobre a mídia e sobre o poder legislativo, e que atualmente o plano de continuação do golpe é impedir a candidatura do ex-presidente Lula”.
O aumento do desemprego, as privatizações das riquezas do país, a concentração das riquezas na mão da elite é resultado das medidas tomadas pelo atual governo que causa desigualdades sociais, um rompimento com o período progressista. Djacira ainda citou que as conquistas que estão sendo retiradas dos trabalhadores, através das medidas arbitrarias e perversas configurada de reforma trabalhista e da reforma previdenciária, além de outras medidas que só prejudica ao povo e aumenta a riqueza da burguesia. 

Os desafios e perspectivas da classe trabalhadora e campesinato no atual está posta, segundo Luís, “o contexto político do Brasil que exige de nós povo brasileiro lutar e resistir. E segue "para nós do MPA precisamos da continuidade na defesa da democracia e de Lula".  Continua “Vamos continuar lutando e se indignando e se for preciso retomaremos a nossa greve de fome”. Concluiu Luís.