Representantes de movimentos sociais, entidades sindicais e parlamentares de vários partidos do campo popular, realizaram nesta terça-feira (6), na Câmara dos Deputados em Brasília, um Ato Contra a Reforma da Previdência e em Defesa da Democracia. Na oportunidade também realizado o lançamento da Carta de Brasília, documento contrário à Reforma da Previdência de Temer e a favor de o direito do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ser candidato nas eleições presidenciais em outubro deste ano.
Bruno Pilon, do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), destaca que “o ato não traz uma retomada da luta contra a Reforma da Previdência porque a gente nunca parou, mas mostra uma crescente na luta contra essa Reforma”. Foi um ato que lotou o Plenário, trouxe diversas forças parlamentares, inclusive alguns partidos que nem sempre tiveram debatendo os problemas dessa Reforma, isso mostra que é uma proposta totalmente impopular e da forma que está sendo construída não serve para a Classe Trabalhadora, relata Pilon.

“Essa data marca a retomada da Resistência e luta contra a Reforma da Previdência, esse é o primeiro embate, é a primeira derrota que temos que impor a esse governo. Se não barrarmos essa reforma, nessa casa não se vota nada”, afirma o líder da bancada do PT na Câmara, Paulo Pimenta (PT-RS).

O conjunto dos parlamentares que compões a oposição na casa anunciou ainda que irá obstruir os trabalhos na Câmara até a derrota final da proposta. “Aqui, quanto menos a gente votar, melhor para o povo brasileiro na conjuntura em que estamos”, defendeu a deputada Jandira Feghali (PCdoB- RJ).

Movimentos sociais, organizações e entidades populares estão organizando para o próximo dia 19, dia em que a Reforma da Previdência deve ser posta em votação na Câmara dos Deputados, um conjunto de ações em todo país. Conforme aponta Bruno:

“Os camponeses e camponesas, a Classe Trabalhadora só vai descansar quando essa reforma for enterrada de uma vez por todas. Sentimos que a luta contra a Reforma da Previdência está aumentando e que vamos ter sucesso nela, o ato trouxe muito isso. Estamos preparando ações muito fortes e contundentes para semana do dia 19, quando esperamos varrer de uma vez por toda essa pauta impopular e desnecessária do Brasil, e seguir a luta pela Democracia que é nossa luta fundamental, não adianta derrotar a previdência se a gente não retomar a Democracia do nosso país”.

O ato foi organizado pelas lideranças do PT na Câmara e no Senado, das lideranças da Minoria na Câmara e no Congresso Nacional, e de entidades sindicais e movimentos sociais. Em seguida ao Ato foi realizado uma Coletiva de Imprensa com representantes de entidades e parlamentares.












Por Adilvane Spezia – jornalista | MPA e Rede Soberania