Nem um nem dois, mas 10 anos de luta pela Terra e agora, a conquista da tão sonhada casa própria. Na tarde de ontem, 15 de junho, no Assentamento Terra Nossa em Ponto Novo, Bahia, as lutas, a resistência e a mística que perpassou estes 10 anos foram celebradas num Ato Inaugural de 30 moradias camponesas, que foram construídas por meio do Programa Nacional de Habitação Rural (PNHR), vinculado ao Minha Casa Minha Vida Rural.

Este momento, que também marca os 10 anos da luta pela terra do MPA na Bahia. A conquista da moradia para estas 30 famílias que há 10 anos vem lutando e resistindo debaixo de lona no acampamento é resultado da luta e resistência de um povo que acredita na vida de qualidade, com acesso à Terra, a moradia, Água e produção agroecológica.
O ato contou com presença das famílias assentadas, camponeses de outras comunidades de Ponto Novo e demais municípios vizinhos. Representantes da Comissão Pastoral da Terra, MST, MAB, do Sindicato dos Trabalhadores de Ponto Novo, bem como, do diretor da Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), Wilson Dias, também da CAR, Guilherme, do Deputado Estadual, Marcelino Galo, da diretora executiva da CUT Nacional e coordenação da CONTRAF Brasil, Elisangela Araújo, do vereador de Capim Grosso, Antônio Martins, do prefeito de Ponto Novo, Tiago Venâncio, e, demais vereadores dos municípios vizinhos, amigos, parceiros e aliados do Movimento na região.

Segundo Saiane Moreira, dirigente do MPA, “a conquista da moradia para estas famílias que a 10 anos vem lutando e que resistiu debaixo de lona no acampamento é resultado de um sonho e de acreditar na vida de qualidade com acesso à terra, a moradia, água e produção agroecológica”.

Para Elisangela, “a conquista da moradia é uma vitória diante das grandes dificuldades que o assentamento já passou na luta por vida digna no campo. As novas habitações são resultados das ações do movimento, que conseguiram o convênio firmado entre a Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional, órgão vinculado à Secretaria de Desenvolvimento Rural e a Associação de Pequenos Agricultores do Sudoeste da Bahia”.

Após o ato foi realizado uma confraternização regada a comida camponesa e muita música popular. Celebrar as conquistas é preciso mesmo em tempos de golpe e de retirada de direitos. “A conquista que os camponeses e camponesas do MPA celebram hoje, é fruto de logos anos de luta e resistência do Campesinato brasileiroe disso não se pode esquecer”, destaca Saiane.

Por Comunicação MPA