A Greve de Fome chega ao vigésimo primeiro dia de resistência por justiça no Supremo Tribunal Federal (STF). A equipe de saúde responsável por acompanhar os grevistas – composta por três médicos e seis psicólogos -, trabalha em sistema de plantão para garantir qualidade no bem-estar dos grevistas e os cuidadores.



A médica especialista em Medicina de Família e Comunidade, Maria da Paz, da Rede Nacional de Médicas e Médicos Populares, explica que, apesar do quadro de saúde fragilizado, os grevistas recebem suporte 24h. “Neste momento, a preocupação é redobrada com os grevistas pois estado é considerado crítico e de alto risco, tendo em vista a vulnerabilidade às infecções, gerado pela imunidade baixa. Para aliviar as dores musculares, que estão cada dia mais intensas, os grevistas têm acesso à massagem, acupuntura e reiki”, esclareceu.

Outro elemento dos 21 dias da greve de fome são as alterações de pressão, explica Maria da Paz, que deixa os grevistas mais sonolentos. Bem como os picos de hipoglicemia, que é a diminuição de açúcar no sangue. “O olhar está mais atento para uma das grevistas que apresenta sangramento e instabilidade de pressão e hipoglicemia”, pontou.

Segundo a psicóloga Carolina Saraiva, os grevistas apresentam sintomas esperados para uma greve de fome prolongada. “A situação é delicada no âmbito clínico, físico e emocional. Além do intenso trabalho voltado para os membros da greve, a orientação psicológica também integra os familiares que estão em constante comunicação. Emocionalmente, no quadro geral, o nível de ansiedade está latente, o humor rebaixado e as tristezas estão em evidência. Alguns apresentam um quadro de fragilidade maior, por isso o alerta é maior neste momento”, completou.

Por fim, a equipe de saúde reitera o forte trabalho desenvolvido em regime de plantão, com atendimento individual diário e monitoramento constante em prol da qualidade do bem-estar dos grevistas.



Por Comunicação da Greve de Fome

📸 Por Michelle Calazans/Ascom CIMI👇