Depois de três dias conhecendo as experiências dos camponeses e camponesas do MPA no Sertão Sergipano, a delegação da Via Campesina que está no Brasil realizando o I Intercambio Global “Adote Uma Semente”, deixou o Sergipe rumo à Bahia.
Na manhã do domingo (2) o grupo de quinze pessoas, vindas de nove países – Suíça, Argentina, Peru, Nicarágua, Palestina, Costa Rica, Coreia, Zimbabué e Brasil foi recebido por camponeses no Acampamento da Água que fica dentro do Assentamento Terra Nossa, em Ponto Novo, Região Norte da Bahia.
Na ocasião dialogou-se sobre a luta e a resistência pela terra, sobre a luta pelo acesso a água, assim como, o enfretamento do Assentamento Terra Nossa ao agronegócio que já duram mais de 10 anos. Referente ao Acampamento da água, são mais de 40 dias de baixo da lona preta, interditando a obra que interliga as Barragens de Pedra Altas/Capim Grosso a barragem de Ponto Novo e segundo Edvagno Rios, o representante do MPA nesta demanda das famílias “O acampamento conta com mais de 40 dias e os camponeses e camponesas só irão sair quando demanda for atendida”.
A comunidade fez questão de apresentar os projetos que estão sendo desenvolvidos na área, como: resgate e multiplicação de sementes crioulas; a produção de alimentos por meio da Agroecologia; a construção da Agroindústria de Polpas e a Unidade de Beneficiamento de Sementes Crioulas, que deve suprir, de forma prioritária, a demanda local e regional de sementes crioulas. “No Assentamento formam destinados 80 hectares para a produção e multiplicação das sementes crioulas”, explica Edvagno Rios, que é um dos moradores da área.
Joel Mutzenberg, delegado suíço, relatou as experiências dos camponeses na Europa com o resgate, conservação e multiplicação das sementes e mudas crioulas. E, as lutas travadas contra as transnacionais, multinacionais e os transgênicos em toda Europa.
Após o almoço, a delegação visitou o Campo de Produção de Sementes Crioulas em Várzea da Pedra, município de Ponto Novo (BA) na Unidade Camponesa do seu Armando e dona Edinalva.
A lavoura de 2 hectares já está em seu segundo plantio com milho e feijão, mas como explica seu Armando, a primeira lavoura foi muito produtiva: “plantamos milho, feijão de corda, melancia e pepino, foi uma boa colheita, chegamos a 30 sacas de milho”, explica o camponês que diz estar aprendendo a trabalhar com as lavouras de sementes irrigadas.
O projeto contempla ainda mais 30 famílias, das quais alguns são os guardiões de sementes crioulas, como seu Armando e dona Edinalva. “Iniciamos com o levantamento das variedades que os camponeses e camponesa já tinham, identificamos as mais cultivadas e passamos a fazer a multiplicação, feita em mutirão”, conta o técnico do projeto, Romilson Sousa. A sementes frutos do resgate e multiplicação das sementes parte é destinada para a casa de sementes da comunidade, e outra parte é destinada as famílias, inclusive para aquelas que não possuem semente crioula alguma, para que possam fazer a sua própria multiplicação, gerando autonomia dos camponeses”, afirma Romilson.
Seu Armando conta o porquê escolheu cultivar sementes crioulas, “gosto muito delas, e dessa variedade de milho em especial, por ser ligeira, de 65 a 70 dias tem milho bom de comer assado, rende muito, as espigas são bem cheinhas, vingadas e bem reforçadas”, conta com empolgação o camponês.
Dona Edinalva, por sua vez relata como os campos de sementes crioulas tem modificado a comunidade, “o projeto trouxe resultados positivos, incentivou a comunidade e modificou de forma positiva a vida aqui, acredito que o projeto deve melhor ainda mais, estamos apenas começando”, afirma a camponesa com alegria estampada no rosto.
Os resultados desta iniciativa têm sido bastante positivos, conforme relata o Movimento, tanto que há um novo projeto elaboração que deve dar sequência ao trabalho já realizado com relação ao potencial de cada semente e também, de organização e autonomia das famílias e comunidades envolvidas.
O grupo com representantes de quatro Continentes, está no Brasil para conhecer as experiências do MPA com sementes crioulas e também para internacionalizar a ação “Cada Família Adote uma Semente” que faz parte da Campanha Internacional, “Sementes Patrimônio dos Povos a Serviço da Humanidade”, que é organizada pela CLOC-Via Campesina.
Na manhã do domingo (2) o grupo de quinze pessoas, vindas de nove países – Suíça, Argentina, Peru, Nicarágua, Palestina, Costa Rica, Coreia, Zimbabué e Brasil foi recebido por camponeses no Acampamento da Água que fica dentro do Assentamento Terra Nossa, em Ponto Novo, Região Norte da Bahia.
Na ocasião dialogou-se sobre a luta e a resistência pela terra, sobre a luta pelo acesso a água, assim como, o enfretamento do Assentamento Terra Nossa ao agronegócio que já duram mais de 10 anos. Referente ao Acampamento da água, são mais de 40 dias de baixo da lona preta, interditando a obra que interliga as Barragens de Pedra Altas/Capim Grosso a barragem de Ponto Novo e segundo Edvagno Rios, o representante do MPA nesta demanda das famílias “O acampamento conta com mais de 40 dias e os camponeses e camponesas só irão sair quando demanda for atendida”.
A comunidade fez questão de apresentar os projetos que estão sendo desenvolvidos na área, como: resgate e multiplicação de sementes crioulas; a produção de alimentos por meio da Agroecologia; a construção da Agroindústria de Polpas e a Unidade de Beneficiamento de Sementes Crioulas, que deve suprir, de forma prioritária, a demanda local e regional de sementes crioulas. “No Assentamento formam destinados 80 hectares para a produção e multiplicação das sementes crioulas”, explica Edvagno Rios, que é um dos moradores da área.
Joel Mutzenberg, delegado suíço, relatou as experiências dos camponeses na Europa com o resgate, conservação e multiplicação das sementes e mudas crioulas. E, as lutas travadas contra as transnacionais, multinacionais e os transgênicos em toda Europa.
Após o almoço, a delegação visitou o Campo de Produção de Sementes Crioulas em Várzea da Pedra, município de Ponto Novo (BA) na Unidade Camponesa do seu Armando e dona Edinalva.
A lavoura de 2 hectares já está em seu segundo plantio com milho e feijão, mas como explica seu Armando, a primeira lavoura foi muito produtiva: “plantamos milho, feijão de corda, melancia e pepino, foi uma boa colheita, chegamos a 30 sacas de milho”, explica o camponês que diz estar aprendendo a trabalhar com as lavouras de sementes irrigadas.
O projeto contempla ainda mais 30 famílias, das quais alguns são os guardiões de sementes crioulas, como seu Armando e dona Edinalva. “Iniciamos com o levantamento das variedades que os camponeses e camponesa já tinham, identificamos as mais cultivadas e passamos a fazer a multiplicação, feita em mutirão”, conta o técnico do projeto, Romilson Sousa. A sementes frutos do resgate e multiplicação das sementes parte é destinada para a casa de sementes da comunidade, e outra parte é destinada as famílias, inclusive para aquelas que não possuem semente crioula alguma, para que possam fazer a sua própria multiplicação, gerando autonomia dos camponeses”, afirma Romilson.
Seu Armando conta o porquê escolheu cultivar sementes crioulas, “gosto muito delas, e dessa variedade de milho em especial, por ser ligeira, de 65 a 70 dias tem milho bom de comer assado, rende muito, as espigas são bem cheinhas, vingadas e bem reforçadas”, conta com empolgação o camponês.
Dona Edinalva, por sua vez relata como os campos de sementes crioulas tem modificado a comunidade, “o projeto trouxe resultados positivos, incentivou a comunidade e modificou de forma positiva a vida aqui, acredito que o projeto deve melhor ainda mais, estamos apenas começando”, afirma a camponesa com alegria estampada no rosto.
Os resultados desta iniciativa têm sido bastante positivos, conforme relata o Movimento, tanto que há um novo projeto elaboração que deve dar sequência ao trabalho já realizado com relação ao potencial de cada semente e também, de organização e autonomia das famílias e comunidades envolvidas.
O grupo com representantes de quatro Continentes, está no Brasil para conhecer as experiências do MPA com sementes crioulas e também para internacionalizar a ação “Cada Família Adote uma Semente” que faz parte da Campanha Internacional, “Sementes Patrimônio dos Povos a Serviço da Humanidade”, que é organizada pela CLOC-Via Campesina.
Por Adilvane Spezia e Érica Anne – Militantes e integrantes do Coletivo Nacional de Comunicação do MPA.
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