Queremos justiça e
condição para que as mulheres camponesas tenham autonomia financeira, por essa
razão e vários pontos de mudanças para aposentadoria rural, afeta diretamente
as vidas das mulheres camponesas, que no sistema previdenciário atual, são
asseguradas especiais.
No
Brasil, 17% da população mora no campo e sabemos que o investimento na
agricultura familiar é insignificante se comparado o investimento no
agronegócio, porém, somos nós os produtores/as de alimentos neste país, 70% dos
alimentos quem produz é a agricultura familiar. A proposta da NOVA PREVIDÊNCIA,
praticamente, extingui a Previdência Rural, todas as mudanças referentes os
assegurados especiais, dificulta e inviabilizar quem mora no campo se
aposentar.
Entenda
as mudanças para as mulheres camponesas.
A proposta machista da
NOVA PREVIDÊNCIA aumenta a idade das mulheres para se aposentar e inviabiliza o
acesso para a maioria das camponesas. O aumento da idade de 55 para 60 anos
significa a igualdade com injustiça, numa sociedade patriarcal e misógina, que
muitas vezes as mulheres ficam refém do seu marido por não ter a posse da terra
e nem opina sobre o uso da renda familiar, não é admissível que as mulheres se
aposente com a mesma idade dos homens.
As mulheres acumulam várias tarefas, trabalha
na roça, cuida das crianças, da casa e de todas atividades domésticas, gera
renda, porém, ainda em muitos casos está submetida a lógica familiar
patriarcal. Igualdade de gênero, significa igualdade com justiça, olhando as
diferenças, trabalhar mais por menos e se aposentar com a mesma idade dos
homens não é o que queremos e nem faz parte da nossa luta.
Queremos justiça e
condição para que as mulheres camponesas tenham autonomia financeira, por essa
razão e vários pontos de mudanças para aposentadoria rural, afeta diretamente
as vidas das mulheres camponesas, que no sistema previdenciário atual, são
asseguradas especiais.
Queremos a continuidade
da PREVIDÊNCIA RURAL como funciona atualmente. As mudanças não podem piorar e
colocar milhares de pessoas na miserabilidade ou que vão morrer trabalhando sem
conseguir esse direito.
A idade é um fator de
mudança, porém, ele não é o pior. Se a família camponesa não conseguir
contribuir com o valor de 600 reais anual, mesmo que durante o ano não ter
colheita devido questões relacionada ao clima, terá que pagar esse valor
mínimo. Ou seja, famílias camponesas que estão precisando de incentivo, a
exemplo do programa Garantia Safra e do Bolsa Família para não passar fome, (realidade
recorrente no Semiárido Brasileiro) serão extremamente prejudicadas com essa
medida.
Outro ponto da Nova
Previdência que não poderemos admitir: observe que transferir dos sindicatos
para as prefeituras a comprovação do tempo trabalhado no campo promove o “voto
cabresto” e dificulta a aposentadoria para os camponeses/as, as mudanças devem
acontecer para melhorar a qualidade de vida das pessoas que moram no campo e
com essa Nova Previdência não é isso que vai acontecer.
Por tanto, nós mulheres
camponesas dizemos: QUEM ALIMENTA O BRASIL: EXIGE RESPEITO!
NÃO É A NOVA PREVIDÊNCIA,
É O FIM DA SUA APOSENTADORIA.
Por coletivo de comunicação MPA
0 comentários
Deixe aqui seu comentário: