É com muita mística revolucionária, que as mulheres camponesas do MPA iniciam 2019 reafirmando os pés e mãos na luta contra o avanço do conservadorismo e suas práticas neofascistas, contra as diversas formas de violências às mulheres e contra a perda dos direitos da classe trabalhadora, em especial, os ataques à Previdência Social.
Sabemos que na América Latina as mulheres camponesas produzem mais de 45% dos alimentos e é por nossas mãos que passam até 80% dos alimentos consumidos pelo povo no mundo.
Além disto, as camponesas desempenham um papel importante na preservação da biodiversidade, garantindo assim tanto à soberania quanto a segurança alimentar tão ameaçadas nesta conjuntura com o risco do retorno efetivo da fome e o desmantelamento institucional de políticas essências voltadas a população pobre.
Vivemos um momento de derrota estratégica, mas, também, de reposicionamento das nossas forças para estimular as lutas da classe trabalhadora e tendo como horizonte a construção do poder popular. Nesta construção, as mulheres tem significativa importância entendendo a marca forte do patriarcado em tempos de conservadorismo agressivo e a contribuição histórica das nossas lutadoras nos enfrentamentos recentes!
Por isto, nossa luta iniciada em 2019 será marcada pelo caráter anti capitalista, antirracista e anti imperialista, para refletir o esfacelamento do modelo de desenvolvimento hegemônico e seus impactos na vida do povo e natureza.
Assim, é com a força do acumulo da contribuição histórica das mulheres camponesas e a partir da prática do cuidado, mas, também, com espírito místico da luta que sairemos às ruas e nas roças, com o lema: Mulheres na luta contra a violência: Por direitos, soberania e previdência e, a partir desta convocação, estimularemos as lutas unitárias que a conjuntura nos provoca e nos coloca como desafio para os enfrentamentos nos territórios e nas capitais.
Vamos às ruas camaradas, pois é hora rebeldia popular!
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