Por Comunicação MPA
O dia 16 de outubro é marcado pelo dia de Luta por Soberania Alimentar e contra as Transnacionais, onde o MPA tem afirmado a produção de alimentos de base agroecológica para o campo e para a cidade e a luta contra a fome, principalmente, em tempos de recuo de políticas públicas e sociais e de avanço do agronegócio e suas práticas destrutivas dentro dos territórios camponeses!
Bela Gil visita a a Feira Agroecológica na Assembleia Legislativa da Bahia. 

Olhando para o contexto do campo brasileiro percebe-se evidentes modelos de desenvolvimentos antagônicos e as consequências econômicas destes dois modelos. O IBGE/2006 nos traz, a partir dos seus dados, que, no geral, os/as camponeses/as acessam 14% dos créditos e possuem 24% das terras, mas respondem por 40% do PIB agrícola, 70% da produção de alimentos gerando 74% dos empregos no campo, sendo que de outro lado, o Agronegócio/corporações de commodities (com suas grandes propriedades) tem acesso a 86% dos créditos e 76% das terras, respondendo por 60% do PIB agrícola e gerando apenas 26% dos empregos no campo.
Com o discurso da indústria de que o “agro’ produz comida (“agro é pop”) para o mundo, aumentam os famintos no Brasil e os dados nos revelam o caráter lucrativo da indústria de comida no país, onde os mesmos garantiram um faturamento onde só em 2017 faturaram 642 bilhões de acordo com a Associação Brasileira de Indústria da Alimentação (ABIA). Ao lado disto, segundo a ABRASCO, o Brasil segue sendo o maior consumidor de agrotóxicos do mundo, consumo chega a 7.3 litros de agrotóxicos por habitante em 2019.

Alimentos de origem camponesa foram servidos no banquetaço
Neste sentido, no dia 16 de outubro, dentro da Jornada de lutas realizamos em Salvador – BA, participação no Banquetaço no Pelourinho, a Feira Agroecológica na Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA) com 40 agricultoras/es do Baixo Sul, do Recôncavo, do Portal do Sertão e da Região Metropolitana com uma diversidade de produtos Agroecológicos e Artesanais, também promovemos um almoço com a Bela Gil e representantes das Comunidades e Movimentos do Campo e da Cidade.
O MPA também  participou da entrega da Comenda 2 de Julho pelo Deputado Estadual e líder do PT na ALBA Marcelino Galo à grande militante da Soberania Alimentar a baiana Bela Gil, pelo trabalho de multiplicar a bandeira da luta pela alimentação saudável, pelo acesso à terra para produzir e pela democracia e por soberania alimentar, que demarca seu discurso de agradecimento à maior homenagem que o Estado da Bahia oferece afirmando sua frase conhecida que “comer é um ato político”.