Há 50 anos, o político, guerrilheiro, escritor e fundador da Ação Libertadora Nacional (ALN), Carlos Marighella, era assassinado na Alameda Casa Branca, em São Paulo, em uma emboscada preparada por agentes do Departamento de Ordem Pública e Social (DOPS).
Apontado como inimigo público número um da ditadura militar e tendo seu rosto estampado em diversos cartazes de "procurado" pelo Brasil, o guerrilheiro foi morto no dia 4 de novembro de 1969. O seu legado de luta nos inspira a continuar lutando por um Brasil com soberania, justiça social e igualdade.
Rondó da Liberdade
é preciso ter a coragem de dizer.
Há os que têm vocação para escravo,
mas há os escravos que se revoltam contra a escravidão.
Não ficar de joelhos,
que não é racional renunciar a ser livre.
Mesmo os escravos por vocação
devem ser obrigados a ser livres,
quando as algemas forem quebradas.
É preciso não ter medo,
é preciso ter a coragem de dizer.
O homem deve ser livre...
O amor é que não se detém ante nenhum obstáculo,
e pode mesmo existir quando não se é livre.
E no entanto ele é em si mesmo
a expressão mais elevada do que houver de mais livre
em todas as gamas do humano sentimento.
É preciso não ter medo,
é preciso ter a coragem de dizer.
Carlos Marighella
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