Está acontecendo na comunidade de Micaela a implantação de uma Unidade de Produção Agroecológica (UPA), a Tecnologia Social, Produção Agroecológica Integrada e Sustentável (PAIS), realizado pelo Núcleo de Agroecologia e Educação do Campo (NEA), Movimento dos Pequenos Agricultores e a comunidade Camponesa de Micaela – Caém.

O projeto Laboratório Vivo, tem por objetivo fomentar e potencializar pesquisas e ações formativas dos camponeses sobre Agroecologia e Tecnologias Sociais tendo em vista a Soberania Alimentar dos povos dos campo e da cidade, a partir da implantação de  Unidades de Produção Agroecológicas (UPAs), onde residem estudantes do Curso de Licenciatura em Educação do Campo da UFRB(Universidade Federal do Recôncavo da Bahia)  e que são membros do NEA.



Para que nessa parceria seja possível, a implantação de uma UPA em uma comunidade está também relacionada com a sua estrutura organizativa, visto que o trabalho desenvolvido nela baseia-se em mutirões, esse foi um dos fatores que contribuíram para a implantação, pois a maioria dos membros que hoje tocam a atividade, são famílias da base do MPA desde 2005 quando iniciou a luta pela água encanada, uma das pioneiras do Movimento na região.
Segundo Anderson de Sousa Secundo, "as famílias estão muito empolgadas na construção, motivadas para ver como funciona essa nova forma de produção entre cultivo de Hortaliças e a criação de galinhas. Outro fato que está chamando atenção é o aproveitamento dos participantes quanto ao processo construtivo com a partilha dos saberes, o que resultará ao final, consequentemente é o aprendizado homogêneo quanto a construção. Espera-se que essa UPA sirva de modelo tanto para a comunidade quanto para o município e bem como a região, para tanto os materiais utilizados foram maior parte aproveitado da propriedade, e assim espera-se que seja na execução, usando o esterco na adubação de plantas, e os restos de cultura como ração para as aves, tornando o sistema sustentável e viável para pequenos agricultores". 

Os objetivos deste projeto dialogavam com a comunidade, e na oportunidade de implantação de uma UPA, foi feita uma reunião com o MPA e a comunidade sobre a proposta, e foi muito plausível pois a execução das atividades, resgatou o trabalho coletivo e propiciou a troca de experiências entre as gerações da comunidade.

Por Erica Anne Oliveira (Comunicação MPA) com colaboração do Anderson de Sousa Secundo