São
Paulo, 06 de novembro de 2015.
PORQUE A
SOCIEDADE DEVE APOIAR A GREVE DOS PETROLEIROS
Os petroleiros e petroleiras do Brasil decidiram entrar em
greve, após amplo processo de negociação com a Diretoria da Petrobrás sem terem
atendidas as reivindicações da categoria.
Conclamamos a todo o povo brasileiro para apoiar a greve dos
trabalhadores e trabalhadoras da Petrobrás pelos seguintes motivos:
1. Os petroleiros(as) entraram em greve porque não
aceitam que a Petrobrás e o petróleo do Brasil sejam privatizados. A
luta é contra a privatização, em defesa da vida e da soberania. A maior
empresa dos brasileiros sofre graves ataques que vem do capital
financeiro, dos cartéis empresariais, da mídia, do judiciário e de todos que querem
a sua privatização. A estratégia do capital é impor uma reorganização para
a privatização. Com um plano de desinvestimento, a atual diretoria da
Petrobrás quer privatizar partes da empresa, entregando o que é do povo
brasileiro para as empresas privadas internacionais e nacionais, o que
causará perda de soberania e a entrega de um setor estratégico para o
desenvolvimento nacional, além de causar grandes aumentos nos preços do gás de
cozinha, combustíveis e demissões de trabalhadores e trabalhadoras.
2. A greve dos petroleiros(as) exige o fim do ajuste
fiscal do atual governo. Este ajuste fiscal só aumenta as dificuldades
econômicas do Brasil, retira os ganhos que o povo brasileiro teve nos
últimos anos e não resolve o problema da crise. Os petroleiros(as)
exigem que a Petrobrás volte a realizar todos os investimentos necessários
na exploração, refino e distribuição de petróleo e com estes investimentos
se retome a industrialização e a geração de postos de
trabalho no petróleo, como por exemplo a produção de todos
os equipamentos necessários – navios, sondas, plataformas- para reaquecer a
indústria naval nacional gerando mais empregos para nosso povo em
nosso território.
3. A greve dos petroleiros(as) quer a manutenção
dos empregos e dos ganhos que a população teve nos últimos anos e exige
que os recursos provindos da produção do petróleo
seja usado para as áreas sociais em nosso país. Em especial,
para que os recursos do pré-sal sejam para educação, saúde, emprego e direitos
do povo brasileiro. Por isso a greve luta para não haver retrocessos nas
leis do petróleo.
4. A greve deve ser apoiada pois esta
categoria profissional é muito importante para o Brasil. São os trabalhadores e
trabalhadoras petroleiros que sempre e em qualquer condição produzem a partir
do petróleo, inúmeros produtos necessários e fundamentais para o
desenvolvimento do nosso país. Esta categoria profissional sempre esteve a
favor do desenvolvimento nacional e da geração de empregos em nosso país,
e com seu trabalho produzem riquezas para todo o povo brasileiro.
5. Porque é absolutamente justo que a categoria dos
petroleiros tenham sim seus direitos reconhecidos tanto pela Petrobrás quanto
pelo governo, recebendo seus salários com os reajustes necessários e
tendo boas condição para sua vida e seu trabalho. E por fim, porque
os trabalhadores em greve não compactuam com nenhuma prática de desvios dos
gestores e dos cartéis empresariais que tentam se aproveitar desta importante
empresa do povo brasileiro.
A Greve
dos(as) Petroleiros(as) é justa e necessária, é para o bem do Brasil e do povo
brasileiro que devemos apoiar a greve. Todo apoio à greve.
O
petróleo é nosso. Defender a Petrobrás é defender o Brasil.
Privatização
não é a solução.
Assinam
Central
Única dos Trabalhadores - CUT SP,
CNU ‐ Confederação Nacional dos Urbanitários,
Confetam
( Confederação dos Trabalhadores (as) no Serviço Público Municipal,
Consulta
Popular – CP,
CUT Nacional,
Federação
dos Trabalhadores nas Indústrias Urbanas do Estado de São Paulo (FTIUESP),
FENET-
Federação Nacional dos Estudantes do Ensino Técnico,
FISENGE -
Federação Interestadual de Sindicatos de Engenheiros,
FNU -
Federação Nacional dos Urbanitários,
FRUNE ‐ Federação Regional dos Urbanitários do
Nordeste,
FSU ‐ Federação Regional dos Urbanitários do Sul,
FUAL ‐ Federação Regional dos Urbanitários do Norte,
FUP -
Federação Única dos Petroleiros (Sindipetro AM; Sindipetro CE/PI; Sindipetro
RN; Sindipetro PE; Quimicos e Petroleiros da BA; Sindipetro MG; Sindipetro ES;
Sindipetro Caxias; Sindipetro NF; Sindipetro Unificado SP; Sindipetro
PR/SC; Sindipetro RS),
FURCEN
- Federação Regional dos Urbanitários do Centro‐Norte,
Ins.
Paulo Freire,
Intercel,
Intersul,
Jornal
Página 13,
Juventude
Revolução,
Levante
Popular da Juventude – LPJ,
Marcha
Mundial das Mulheres - MMM,
MLB-
Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas,
MLC-
Movimento Luta de Classes,
Movimento
Camponês Popular - MCP,
Movimento
dos atingidos por barragens – MAB,
Movimento
dos Pequenos Agricultores – MPA,
Movimento
dos Trabalhadores Rurais Sem Terra – MST,
Plataforma Operária e Camponesa de Energia,
Revista Esquerda
Petista,
Senge PR,
Senge RJ,
SINAERJ ‐ Sindicato dos Administradores no Estado do
Rio de Janeiro,
Sindicalistas
do Projeto Popular,
Sindieletro
MG,
Sinergia
CUT,
SINTAEMA,
STIU-DF,
UJR-
União da Juventude Rebelião,
UP- Unidade
Popular Pelo Socialismo,
Valdeli Guimarães,
Via Campesina Brasil.
MPA ocupa Caixa Econômica Federal em Vitória da Conquista-BA.